PROFECIA COMO ADVERTÊNCIA
É compreensível que pessoas que estão sofrendo queiram abreviar o tempo da adversidade. No entanto, muito cuidado para não piorar a situação com precipitações.
Não consultam a lei do Senhor, ignoram as visões dos videntes e desprezam os conselhos dos profetas.
As expectativas dos que sofrem com as adversidades são de ter as suas resoluções confirmadas. Profecias encomendadas. Previsões animadoras: “Dizei-nos coisas agradáveis; profetizai-nos ilusões” (Isaías 30.10).
Ou seja, as pessoas descritas pelo profeta Isaías não estavam perguntando pela verdade, preferiam procurar as situações agradáveis. Quem elege o “agradável” como critério para tomada das suas decisões vai ter que aprender a afastar as ideias inibidoras.
Portanto é como se recomendassem: “Furem os olhos dos videntes; cortem a língua do profeta; rasguem o livro da Lei; sepultem as tradições dos pais”.
Exaustos e frustrados depois das tentativas precipitadas, indagamos: “Onde está a minha salvação?”
Em vos converterdes e em sossegardes.
A precipitação o levou para longe, a prudência o levará para perto.
Na angústia, confiança e calma em Deus.
Oração como refinamento dos sentidos.
Angustiado, como readquirir a força? Na tranquilidade e na confiança.
Confundimos força com disposição para colisões.
Medimos força na comparação das armas que dispomos.
Quanto mais nos esforçamos, mais evidente fica a nossa fraqueza.
A arrogância leva ao blefe e às precipitações performáticas. Mas isso cansa…
Quem vive para impressionar acaba por se frustrar.
Assim diz o Senhor: “Na tranquilidade e na confiança está a vossa força!” (Isaías 30.15).
Não bata de frente, releve!
Não grite ordens, pergunte!
Não se precipite, sossegue!
Não se angustie, respire!
Não se encolerize, durma!
Não se precipite, espere!
“Em vos converterdes e em sossegardes, está a vossa salvação; na tranquilidade e na confiança, a vossa força!” (Isaías 30.15).
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Foto: Domínio público/pxhere